Mercado Global do Fantasy Sports prevê crescimento anual do setor de 6,43%
O relatório de tendências "Fantasy Sports Market by Product, Platform and Geography - Forecast and Analysis 2023 - 2027", preparado pela Technavio, empresa líder em pesquisa de mercado com cobertura global, aponta um crescimento anual dos Fantasy Sports na faixa de 6,43% entre 2022 e 2027. A Associação Brasileira de Fantasy Sport (ABFS) teve acesso ao material, que é reservado e aponta tendências globais e regionais dos mercados. Na avaliação dos técnicos, o setor de Fantasy Sports representou um montante de US$ 22.3 bilhões em 2022 e estima-se que cresça para US$ 30.5 bilhões em 2027. Isso criará uma oportunidade de crescimento incremental no valor de US$ 8 bilhões entre 2022 e 2027, o que se traduz em cerca de 37% do tamanho do mercado em 2022.
O crescimento geral do mercado global de Fantasy Sports baseia-se em um crescimento consistente em todos os anos do período de previsão entre 2022 e 2027. O crescimento ano a ano variará entre 5,23% e 7,72%. Importante salientar que o relatório aponta que o maior desafio para o crescimento do setor é que o Fantasy Sport ainda não possui leis e regulamentações adequadas em vários países. E essa falta de regulamentação adequada é um grande diferencial no desenvolvimento das empresas na disputa do mercado global.
A América do Sul contribuiu com 6,57% para o mercado global de fantasy sports em 2022 e sua contribuição aumentará para 7,52% em 2027. A região gerará crescimento em todos os anos do período de previsão entre 2022 e 2027. O Brasil é uma das economias que mais crescem na região. Em 2019, testemunhou um crescimento de quase 1,1% no produto interno bruto (PIB), com o crescimento direto da renda familiar e da economia brasileira. Esses são fatores que incentivam o mercado digital e demonstram que o fantasy sports está crescendo significativamente no Brasil em comparação aos demais países.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Fantasy Sport (ABFS), Rafael Marchetti Marcondes, o mercado de Fantasy Sports no Brasil é visto potencialmente como o terceiro maior mercado do mundo. “Então, o que temos, é que em 20212 o setor movimentou cerca de R$ 66 milhões no Brasil. Fazemos uma projeção de que com a regulamentação dos Fantasy Games por meio do Marco Geral que está no Congresso, o setor gere cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos no próximo ano e tenha um crescimento de 120% da receita do mercado até 2026. É claro que é um grande investimento e uma grande oportunidade para o Brasil", destaca Marcondes.
Os operadores estão apresentando novas versões de esportes de fantasia que devem aumentar o envolvimento do público. A crescente popularidade dos esportes diários de fantasia (DFS) está incentivando os operadores a se concentrarem nesse segmento esportivo que atrai grandes audiências. Com mais de 50 milhões de usuários ativos nos EUA em 2020, espera-se que o modelo DFS cresça significativamente mundialmente nos próximos anos, principalmente no Brasil onde os grandes players já possuem esse modelo de Fantasy Sport implementado.
Além disso, os crescentes avanços tecnológicos estão aprimorando a maneira como a indústria de esportes de fantasia opera. Com altos investimentos em publicidade, atualizações técnicas e pesquisas on-line com clientes, espera-se que o mercado global de esportes de fantasia cresça durante o período de previsão.
No Brasil, o cenário não é diferente. Apesar do país ter grandes empresas desenvolvendo esse tipo de esporte eletrônico, constatamos que a falta de regulamentação adequada impede novos investimentos e o crescimento exponencial do mercado em questão. A tendência é de que o país siga a curva de desenvolvimento mundial, mas isso só ocorrerá com a devida segurança jurídica para consumidores, operadores, investidores e poder público.
Ainda de acordo com Rafael Marchetti Marcondes, o Marco Legal é importante para o desenvolvimento da indústria do entretenimento, pois dará segurança para consumidores, investidores e operadores, consolidando ainda mais o mercado de jogos no Brasil. "O Projeto que está no Congresso está em perfeita consonância com a Lei de Liberdade Econômica e com as necessidades do mercado”, afirma.